sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Dois buracos negros irão se colidir.

Dois buracos negros irão se colidir

 

Pense em uma atração fatal. Em uma galáxia muito, muito distante, dois buracos negros estão dançando em torno de si, se orbitando pela imensa gravidade de ambos. Eventualmente, os dois vão colidir, provocando uma explosão com o poder de 100 milhões de explosões de estrelas.
Isso não vai acontecer em pelo menos 100.000 anos (o que é um período de tempo relativamente curto em termos cósmicos), e seu efeito sobre a Terra será sutil. A dupla de buracos negros está localizada a cerca de 3,5 bilhões de anos-luz de distância, mas o encontro pode enviar ondulações no espaço-tempo que permitirá aos cientistas estudar melhor a teoria da relatividade geral.
Um artigo publicado na revista Nature fornece novas evidências de que os dois buracos negros no quasar PG 1302-102 podem de fato se fundir.
Através da medição de luz do quasar, a equipe descobriu que uma mudança no brilho que ocorre a cada cinco anos é provocada por um par de buracos negros que se orbitam. Como uma sirene de ambulância que fica mais alta quando se aproxima, a luz do quasar brilha mais conforme uma das órbitas dos buracos negros fica mais próxima da Terra.
Os cientistas descobriram que os buracos negros no centro de PG 1302-102 estão mais próximos do que qualquer outro par de buracos negros conhecido. Eles estão separados por um espaço do tamanho do nosso sistema solar, o que é muito pouco, cosmologicamente falando.
A maioria das galáxias têm um buraco negro em seu centro, e quando duas galáxias se fundem, os dois buracos negros tendem a orbitar um ao outro. Assim que os buracos negros de PG 1302-102 se encontraram.
Mas, sob circunstâncias normais, os dois corpos geralmente não chegam perto o suficiente para se colidirem.
Se estes dois buracos negros de fato se chocarem, vai ser um grande show. Não só eles vão varrer estrelas próximas, mas também podem emitir ondas gravitacionais – ondulações no espaço-tempo que Einstein previu há 100 anos, mas nunca foram observadas.
Se você não está disposto a esperar 100.000 anos para assistir a dois buracos negros se colidindo, há esperança: os autores do estudo acham que sua nova técnica poderia ajudar a localizar outros buracos negros em processo de colisão. [NASA]